Em carne viva.."
Chico Buarque-Tatuagem





pra seguir viagem
quando a noite vem..."
"...Meus amigos, meus irmãos, cortai os lábios da mulher morena Eles são maduros e úmidos e inquietos E sabem tirar a volúpia de todos os frios..." Vinícius de Moraes
Desde 2006 o dia 22 de novembro passou a ser um dia simbolicamente muito importante para todos nós!
Simbolicamente porque, na prática, este será apenas mais um dia na rotina dos grandes profissionais de relações públicas deste país.
Contudo, este dia é especialmente importante para nós porque passou a se constituir num marco histórico das relações públicas no Brasil, delimitando historicamente dois momentos distintos:
- o primeiro (anterior), em que o profissional de relações públicas se sentia o “patinho feio” da comunicação, mesmo sem ser;
- o segundo (que passamos a assumir desde 2006), em que o “patinho feio” cresceu e se tornou um belo cisne, o gestor da imagem e dos relacionamentos das organizações.
A partir deste instante declaramos, portanto, que não mais aceitamos ser coadjuvantes da história, uma vez que sempre foi e sempre será nossa a responsabilidade de protagonizar a comunicação corporativa e organizacional, bem como todas as áreas de atuação inerentes às relações públicas, que envolvam a gestão da qualidade dos relacionamentos estabelecidos entre as organizações e seus diversos públicos de interesse.
Declaramos a quem possa interessar que somos uma categoria organizada, que possui uma profissão regulamentada, estabelecida e acima de tudo, somos uma classe consciente da nossa importância no contexto sócio político e econômico deste país e, portanto, vamos cobrar os nossos direitos e tomar posse dos nossos espaços no mercado de trabalho, doa a quem doer.
Esta segunda edição da mobilização nacional de 22 de novembro, Dia Nacional de Luta pela Valorização da Profissão de Relações Públicas, vem consolidar, de uma vez por todas, o surgimento de uma “nova” categoria profissional, muito mais consciente dos seus direitos e obrigações, não apenas como profissionais, mas também como cidadãos.
Neste momento histórico, portanto, cabe a cada estudante, a cada profissional de relações públicas deste país, continuar dando a sua parcela de contribuição nesta luta, ampliando a sua participação, potencializando a atmosfera positiva que se encontra hoje a profissão de relações públicas no nosso país, atmosfera esta que nós, participantes desta grande campanha nacional pela valorização da profissão no Brasil, temos orgulho de ter ajudado a construir.
Coordenação da Campanha Nacional de Valorização da Profissão de Relações Públicas
www.campanha.rp-bahia.com.br
Esquisito conjugar minha vó no passado: Ela ERA linda, gostAVA muito de ler, TINHA assinatura do Jornal A Tarde até hoje, amAVA palavras – cruzadas...sei lá, olho as fotos tiradas recentemente e tudo ainda é tão presente, tão hoje, tão agora!
A casa dela era assim uma típica casa de vó. Tinha sequilhos nos potes dos armários, que eu sempre levava pra casa TODOS, tinha móveis bem antigos (cadeira de balanço), escritório cheio de livros interessantes (fiquei com a coleção de Jorge Amado e Maria José Dupré), tinha um nicho com santos de madeira e uma lâmpada sempre iluminando esses santos por conta de uma promessa que ela fez quando meu pai era criança e quebrou o braço (rs!), máquina de costura daquelas do tempo da sua vó também! Enfim...
Era Helena o nome dela...Helena Mesquita Libório! Lindo, né?Pomposo!!Eu acho, pelo menos...
Minha vó era uma pessoa de temperamento difícil, rígida...as empregadas eram todas fardadas e tinham que saber colocar e tirar uma mesa, de bandejinha e tudo, primeiro sempre os pratos sujos e por aí vai, que eu não sei o que vinha em segundo.rs!
Era dela que vinha a forma que mais me agrada ser chamada : Nani, Naninha. Só minha vó Helena me chamava assim. E eu adorava! Pra chamar de Ana Paula...Ave Maria!!!era preciso estar muito chateada comigo!! E a gente, praticamente, nunca esteve chateada uma com a outra. Se muito, fui chamada de Ana Paula umas três vezes na vida. Conversávamos tanto, mas tanto...vixe!!! Ficou brava quando soube que meu último namoro acabou, me deu uns conselhos e vários sermões. Ela achava que a culpa era só minha! Imagine...Não adiantava explicar que um relacionamento é feito de duas pessoas e que quando ele acaba, cada pessoa tem a sua parcela de culpa, os dois erraram! Não adiantava, ela continuava torcendo pela volta do ex-casal.
Adorava pessoas inteligentes que conversassem sobre tudo, porque ela sabia de tudo podem acreditar! Quem gostasse de ler, virava seu amigo em dois tempos. Ela admirava e achava que era assim que se devia ser!
Mesmo severa em algumas situações, mesmo conservadora em alguns pensamentos, ela sabia como ninguém me dar um abraço apertado, um cheiro no pescoço quando eu chegava, sempre perguntando qual perfume eu estava usando. Ir lá sem brincos ou batom?!? Logo ela falava: “Que cara de homem é essa??” hahahahahahahahahahaha! Pra ela, mulher tem que ser mulherzinha mesmo, sempre arrumada!
Pois é...vou sentir saudades eternas dessa vó linda. Vou escrevendo e parece que ouço a voz dela me chamando: “Naniiiiii, vem cá sentar com sua vó pra conversar!!”.
Xiiiii...tenho que ir gente! Um beijo!
Eu (suja de praia!) e minha vó Helena. 14 de Outubro de 2007 .
Minha psiquiatra é sempre pela tarde. E as tardes de consulta são sempre muito pesadas depois. Ainda bem que é somente uma vez no mês!
E ontem foi uma tarde dessas...de psiquiatra e, como sempre, pesada. Saí de lá com dor de cabeça do tanto que prendi o choro! (não agüento mais chorar e nem tomar remédio! Tô cansada!).
Nem da psicóloga eu saio assim. Só no início do tratamento. Pra falar a verdade, às vezes me seguro lá também...a boca treme, os olhos marejam, mas a lágrima não desce! Lá é mais fácil do que na psiquiatra. Ainda bem, porque é toda semana!!
Não sei se Ana Paola (a psiquiatra) me fala de uma forma mais objetiva e isso me toca mais...não sei se é porque toda vez que vou lá tenho que aumentar a dose do remédio...não sei se é porque eu fico perguntando detalhes tipo: o que a depressão está fazendo comigo fisicamente, onde o remédio atua, como atua, por que eu não melhoro logo disso...não sei! Só sei que foi assim...rs!
E olhe que ela tem um rosto tranqüilo, uma voz doce, um gestual leve. Mas nada disso ameniza quando ela começa a dizer que me cobro demais. Sabe que isso me dói muito? Acho que a pessoa que se cobra desse jeito têm medo de errar e receber críticas. Ela não ADMITE críticas! Ou seja, é uma pessoa ARROGANTE. E, ao chegar a toda essa conclusão, percebo que ela está certa sabe porque?? Porquê lá estava eu, no meu ônibus, voltando pra casa, olhando o pôr-do-sol mais lindo do mundo (quem não conhece vai concordar comigo depois de olhar bem a foto!) e, ainda assim, totalmente fragilizada (ou irritada?!?) por alguém ter percebido esse erro na minha personalidade.
Mas logo eu, arrogante??? Será?? Imediatamente, retifico a minha conclusão: acho que Ana Paola está errada!! E então, começo a curtir o visual...
*Li isso no Blog Som de cor de mim e pensei que eu mesma poderia ter escrito, afinal de contas, é completamente idêntico ao que eu passo, ao que penso, ao que eu sinto.
“...não falo do sofrimento das mortes, das perdas, que não foram poucas, nem fáceis. Falo do sofrimento interior, de lutar contra si, de não se entender, nem se aceitar. E é desse mal que padeço.
Minha alegria é essência, está, e sempre estará aqui, porque é o que eu sou no mais primitivo do meu ser, mas a vida nos faz acumular coisas que nos distanciam do nosso rumo...
...Hoje sou conhecedora dos meus problemas, desbravadora do meu ‘eu’, pessoa em pé, e com vontade de assim permanecer. Tentando. Escorregando? Claro! São muitas as cascas de bananas, poças d’água e congêneres. Tropeçando? E no meio do caminho não tinha uma pedra, Drummond? Caindo? Sim, me lembra da minha “humanidade”. E de estar atenta. E de aprender a levantar. Sempre...
...Eu, com minha nova sensação de “saber-me”. Eu, com minha nova condição de lutar pelo meu próprio bem. Eu, com minha determinação de fazer a minha vida melhor...
...Tenho muitos planos e projetos, mas os primeiros passos dou com muito esforço, vencendo boicotes internos, hábitos e comportamentos nocivos.; Tentando vencer a ansiedade e a depressão que aprisionam em círculos viciosos, que, decididamente, não quero mais.”.
Decifrei o sonho de ontem!!!!
Passo-a-passo pra vocês:
●Dormi
●Sonhei
●Acordei
●Senti uma sensação boa
●Lembrei do sonho
●Tentei decifrá-lo e não consegui
●Lembrei que minha mãe tinha um livro de Adenáuer Novaes sobre sonhos
●Li uns trechos soltos e resolvi escrever sobre isso aqui
●Lembrei também que ele tem um Centro Espírita no bairro de Patamares
●Busquei o site e fui me informar mais
●Adenáuer daria uma palestra!!!!
Liguei pra minha mãe e avisei: “Vamos ao Centro Espírita de Adenáuer hoje!!”. Tadinha...estranhou no começo, achou que eu tinha tido uma recaída ou algo parecido!! Expliquei que não era nada disso, eu queria apenas ir à palestra de hoje.
De noite, lá estávamos nós sentadinhas e eu ansiosa como sempre fico em Centros Espíritas e em casas de Candomblé ou Umbanda. Quem me conhece sabe que morro de medo de ir nesses lugares e descobrir que sou médium!!Graças a Deus, nunca me aconteceu nada!!
Apagaram as luzes, tentei relaxar e respirei fundo. Eram apenas as orações antes de iniciar a palestra. Já havia ido lá duas vezes, mas nunca era Adenáuer que estava palestrando.
Quando ele começou a introdução do tema (que eu nem sabia qual era, pois no site dizia: Tema Livre), percebi que estava ali pra ouvir EXATAMENTE aquelas palavras. E ele falou justamente das vezes que Deus nos convida e nós não vamos ao Seu encontro, seja por não entender esse chamado, seja por ter outras prioridades, enfim, por qualquer motivo. Concluí que o sonho foi o meio para que esse convite chegasse a mim.
E isso foi só a introdução! A palestra, além de engraçada (ele contava uns casos bem engraçados mesmo!), disse muito sobre mim, sobre toda essa fase, sobre minhas escolhas, sobre DESENVOLVER-SE!!!
Quando acabou, tive vontade de ir lá falar com ele.Não fui. Resolvi pegar a fila para os passes. Essa é outra parte que morro de medo!! Mas vou. E adoro.
As pessoas costumam dizer que saem dos Centros ou das Igrejas mais leves. Eu não. Eu saio muito introspectiva, pensando muito naquilo tudo que foi dito, tentando encaixar as tais lições na minha vida. Chega o coração fica apertado. Definitivamente, não saio mais leve. Pelo contrário, a minha cabeça sai pensando mil coisas ao mesmo tempo.