quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Restart...
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Fábula da onça e do caçador
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Aqui Jaz...
Mas não deu.
Tentei de todas as maneiras possíveis e, praticamente, impossíveis para fazer com que desse tudo certo. Mas, por um deslize no meio do processo, por uma falha, uma pequena falha sem importância, arracaram o meu sonho de mim.
Todos os meus planos mirabolantes para realinhar as órbitas dos planetas, não deram em nada. E eu, que era incansável, cansei. Entreguei os pontos e levantei a bandeira branca.
Hoje, finalmente entendi, que 2 corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. Por isso, sonho, te enterro debaixo de 14 palmos e deixo o lugar que era seu, vago para outro...sonho.
domingo, 11 de abril de 2010
Turbilhão
Semana esquisita, cheia de coisas chatas e emoções à flor da pele.
Pressentindo tudo o que ainda estava por vir, minha menstruação chega na 2ª feira, com 5 dias de antecedência (coisa totalmente incomum no meu ciclo!). Mas enfim, cólicas, cansaço, dor de cabeça e um mau-humor misturado com tristeza. Essa sou eu "naqueles dias"...
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Ainda no início da semana, a chefe da minha chefe, ou seja, a dona, literalmente, do pedaço, aparece também de mau-humor e destila (pra ser sutil e educada) um pouco da sua amargura...sobre quem????Quem???? Sobre essa pobre criatura que vos escreve. Afinal de contas, naquela situação (dona -> supervisora -> gerente) a corda,obviamente, ia arrebentar do lado mais fraco = O MEU!!! Resolvi apelar para a minha religiosidade e pedir à Deus paz interior, compreensão e resiliência. Com isso, consegui dar 2 sorrisos singelos para a minha supervisora, pelo esforço para descontrair em uns 2 momentos críticos. Talvez por que tenha lembrado de tempos atrás, onde passamos por uma situação semelhante e quando conversamos sobre isso, deixei claro que não estava acostumada a ser tratada com gritos, pois na minha casa, a educação sempre foi baseada no diálogo e na conscientização. Logo, reações como a dela e a da "chefe da chefe", feriam sim, os meus sentimentos. Problema de quem me ache sensível! Talvez o mundo esteja precisando disso: SENSIBILIDADE NO CORAÇÃO DAS PESSOAS!!Isso levaria ao respeito ao próximo e mais um monte de coisas....mas esse é um discurso para outro momento.
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Depois desse dia, recebo a grande notícia: minha vó está com câncer. Novamente. Depois de 11 anos.
-PAUSA-
Precisava processar direito a notícia, digerir com calma o que estava acontecendo. Estavam falando da minha vó! Aquela que, infelizmente, torce para o Bahia, aquela que vive a dizer que me odeia, que coloca meu nome na novena de Santo Antônio, porque diz que nenhum homem vai me aguentar, aquela que nunca me manda beijo ao telefone, manda murro e diz que não tem saudade e sim, alívio por não estar comigo...sei que tudo isso é mentira dessa velha louca, pois a gente se ama, além de tudo, por causa dessas pirraças!!
Por que isso com ela de novo?? Já não bastam as dores nas pernas; ser quase que, completamente, surda, não ter mais os dentes, ainda é preciso massacrar com um câncer aos 97 anos????
Recorro, novamente, à minha religiosidade e pergunto:
- "Qual é cara...será mesmo preciso tudo isso??".
Não escuto com o ouvido, mas de alguma forma, entendo que Ele me responde:
- "Sim, é preciso.".
Retruco:
- "Mas, porquê??"
E dessa vez, não escuto mais nada.
No dia seguinte, no trabalho, eu estava desnorteada e chorosa. Pesada. Com medo.
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Pra completar, essas coisas todas aconteceram em apenas 4 dias e tiveram como pano de fundo uma ansiedade louca por um momento que vai acontecer e que eu espero há tempos. E esses acontecimentos me fizeram desejar ainda mais forte que tudo termine como nos meus sonhos...pois é só do que eu preciso para poder acreditar que ainda existe ,em algum lugar(e eu sei bem em que lugar), um pouquinho de felicidade reservada para mim.
O chefe do meu irmão chega essa semana aqui em Salvador...diz ele que quer conhecer a minha casa e a minha avó. Já combinamos de sair com ele. Na certa, iremos na Tapiocaria perto aqui de casa. Ele já avisou que gosta do lugar. Fiquei pensando: "Deve ter vivido bons momentos ali...".
terça-feira, 9 de março de 2010
Feliz Dia da Mulher!!! (atrasado...)
O despertador canta de galo
e eu não tenho forças
nem para atirá-lo contra a parede.
Estou tão cansada,
não queria ter que trabalhar hoje.
Queria ficar em casa,
cozinhando,
ouvindo música,
cantarolando, até.
Se tivesse cachorro,
passeando pelas redondezas.
Se tivesse aquário?
Olhando os peixinhos nadarem.
Espaço? Fazendo alongamento.
Leite condensado?
Fazendo brigadeiro...
Tudo menos sair da cama,
engatar uma primeira
e colocar o cérebro pra funcionar.
Gostaria de saber
quem foi a mentecapta,
a matriz das feministas
que teve a infeliz idéia
de reivindicar direitos à mulher
e por quê ela fez isso conosco
que nascemos depois dela.
(Beth Friedman - Foi essa a mocréia...)
Estava tudo tão bom
no tempo das nossas avós,
elas passavam o dia a bordar,
trocar receitas com as amigas,
ensinando-se mutuamente segredos
de molhos temperos,
de remédios caseiros,
lendo bons livros das bibliotecas,
dos maridos, decorando a casa,
podando árvores, plantando flores,
colhendo legumes das hortas,
educando as crianças,
freqüentando saraus,
a vida era um grande curso de artesanato,
medicina alternativa e culinária.
Aí vem uma “fulaninha” qualquer,
que não gostava de sutiã
nem tão pouco de espartilho,
e contamina as várias outras
rebeldes inconseqüentes
com idéias mirabolantes sobre
"vamos conquistar o nosso espaço".
Que espaço, minha filha???!!!!!
Você já tinha a casa inteira,
o bairro todo,
o mundo aos seus pés.
Detinha o domínio completo sobre os
homens, eles dependiam de você
para comer, vestir, e se exibir para os
amigos, que raio de direitos requerer?
Agora eles estão aí, todos confusos,
não sabem mais que papéis
desempenhar na sociedade, fugindo
de nós como o diabo foge da cruz.
Essa brincadeira de vocês acabou é
nos enchendo de deveres, isso sim.
E nos lançando no calabouço
da solteirice aguda.
Antigamente, os casamentos duravam
para sempre, tripla jornada era coisa
do Bernard do vôlei - e olhe lá,
porque naquela época não existia
Bernard do vôlei.
Por quê, me digam por quê, um sexo
que tinha tudo do bom e do melhor,
que só precisava ser frágil,
foi se meter a competir
com a macharada?
Olha o tamanho do bíceps deles,
e olha o tamanho do nosso.
Tava na cara que isso não ia dar certo!!!
Não agüento mais ser obrigada
ao ritual diário de fazer escova,
maquiar, passar hidratantes,
escolher que roupa vestir,
e que sapatos,
acessórios usar.
Que perfume combina com meu humor,
nem de ter que sair correndo.
Ficar engarrafada, correr risco de ser
assaltada, de morrer atropelada, passar
o dia reta na frente do computador,
resolvendo problemas.
Somos fiscalizadas
e cobradas por nós mesmas
a estar sempre em forma,
sem estrias,
depiladas,
sorridentes,
cheirosas,
unhas feitas,
sem falar no currículo impecável,
recheado de mestrados,
doutorados,
pós-doutorados
e especializações (ufffffffffffffffffff!!!!!!!)...
Viramos super mulheres,
continuamos a ganhar menos
do que eles,
lavar,
passar,
cozinhar
e cuidar dos filhos da mesma forma.
E ainda temos que dividir
as despesas da casa.
Não era muito melhor
ter ficado fazendo tricô
na cadeira de balanço?
Chega, eu quero alguém
que pague as minhas contas,
abra a porta para eu passar,
puxe a cadeira para eu sentar,
me mande flores
com cartões cheios de poesia,
faça serenatas na minha janela
(ai, meu Deus, já são 6:30h,
tenho que levantar!),
e tem mais,
que chegue do trabalho,
sente no meu sofá, e diga
"meu bem,
me traz uma dose de café, por favor!".
Descobri
que nasci para servir.
Vocês pensam que eu
tô ironizando?????
Tô falando sério!!!!!!!!
Estou abdicando
do meu posto
de mulher moderna....
* Não sei quem escreveu isso, mas se existir algum abaixo-assinado circulando por aí...coloquem o meu nome lá,por favor!!!!Eu também levanto essa bandeira!!!
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
"Mentiras sinceras me interessam..."
A Aposta dos Santos
Naquele instante, alguns dos mais prestigiados e requisitados santos com endereço naquela belíssima baía, pararam os seus afazeres para acompanhar atentamente aquela conversa. Afinal, o casal sentado à mesa, pretendendo contar com as bênçãos protetoras de todos eles, escolheu aquele sugestivo altar na cabeceira da Baía de Todos os Santos para esgotar as últimas palavras como simples amigos e iniciar o que prometia ser um lindo romance.
Os santos, eufóricos com a oportunidade de futricar e influir, fizeram entre si (pasmem!) uma bolsa de apostas para premiar quem acertasse o que ele faria diante daquela pontiaguda pergunta que ela acabara de disparar-lhe: Diria a verdade, pondo tudo a perder? Mentiria em nome daquela arrebatadora paixão, ou diria uma meia-verdade, ou quase uma mentira, como normalmente se faz em situações semelhantes?
A maioria deles apostou na última hipótese. Perderam feio. Ele preferiu a verdade. A verdade que afasta, que segrega, que impede. A verdade que moraliza, mas que distancia e isola. A verdade malsoante, ímpia, falsamente importante.
Até ela se surpreendeu. Não era aquela verdade que ela gostaria de ouvir. Aquela verdade, ali, naquele momento, não cumpriria nem minimamente qualquer das suas nobres funções. Quais sejam: Fazer justiça, promover o bem-estar e tornar-se exemplo. Fazer justiça? Que justiça foi feita separando-os? Bem-estar de quem? De quem irá sofrer por tê-la usado? Tornar-se exemplo... Quem quer exemplos que nos afastam do que mais desejamos? Não, definitivamente, ele errou!
* E eu, que já estive dos dois lados de situações como essa...
domingo, 27 de setembro de 2009
Férias (1ª parte)
15 de setembro de 2009
De saudade e abandono.
Parece que Recife sente a agonia de minha alma sufocando tantos planos e anseios.
Você está sentindo a tristeza no ar de Recife?"
Jorge Azevedo
Sim, claro, vivi momentos bacanas, conheci pessoas legais que eu espero levar pra minha vida toda e outras que preferiram ficar pelo caminho...
E hoje, fazendo um balanço da minha relação com essa cidade, vejo que perdi (mesmo quando achei que tinha ganho!). Digo isso porque já fui e voltei várias vezes e não consigo ficar bem nesse lugar. Sempre volto pra casa mais cabisbaixa, mais pensativa (se isso é possível) e desejando colo...colo de mãe. Desejo o cheiro da minha cama, o meu colchão-cúmplice, o travesseiro que aconchega essa minha cabeça tão pensante.
Por ironia, foi Recife que me deu um novo ar quando precisei. Sonhei viver coisas lindas aqui e foi isso que m fez voltar tantas vezes para fazer com que essa relação desse certo, mas não deu. Cada vez, deixo em mais cantos da cidade essa sensação ruim que me toma agora. E eu não quero que isso avance por Calhetas e Porto de Galinhas que são lugares belíssimos! Seria até pecado se eu permitisse uma barbaridade dessa!
A coisa é tão acintosa que, dessa vez, todos os dias estiveram nublados ou chuvosos. Claro, o calor esteve presente para lembrar-me que eu poderia estar na praia não fossem aquelas nuvens...pois, no 1° dia, eu fui mesmo!!! Sou ousada!!! Aí, nos dias seguintes...choveu!!!
- Pois é, Recife, você abriga meu irmão, minha cunhada e excelentes amigos que fiz, mas não sei se vai dar pra voltar...não digo NUNCA porque deixo todos esses meus tesouros aqui. Então, quem sabe numa outra situação, num outro momento da minha vida, eu apareça novamente. Por enquanto, você me vence mais uma vez e eu te parabenizo por isso.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
"Todo mundo é parecido quando sente dor" - Carta para o sobrinho
A pior hora do dia é a de acordar e ver que aquilo que estamos vivendo não era apenas um pesadelo e que a gente tem que reunir forças, não se sabe de onde, pra viver aquele dia inteirinho. Cada dia é uma batalha!! Interna e externa. Á noite, às vezes queremos ir deitar só com muito sono, daquele tipo que a gente cai na cama e apaga! Outras vezes não...a gente se aninha lá, de porta fechada e relembra momentos, frases ditas, juras eternas, relembra a sensação de eternidade daquela relação.
Isso tudo vai levando dias, muitas vezes meses e meses. E o pé lá...andando em círculos, chega perto do fundo do poço, mas por estar desacostumado a pensar, dá meia volta, acha que o caminho não é por ali, sei lá...