domingo, 16 de agosto de 2009

Levando na flauta...


E hoje, meu dia de folga, levei assim...na flauta!!




Pontuando a vida

"As reticências são os 3 primeiros passos do pensamento que continua por conta própria, o seu caminho..."
Mário Quintana


Sempre que penso nas coisas que estou vivendo, atribuo algum tipo de pontuação para cada momento. Então, situações que quero que continuem, mentalmente, pontuo com o ponto de segmento, outras que eu quero que continuem, porém, de um jeito novo, nova fase, coloco o ponto parágrafo. E assim eu vou...faço isso tão naturalmente dentro da minha cabeça que só percebi o quanto é engraçado, quando confessei a um amigo numa conversa pelo MSN. Ele ria muito!
É bem verdade que, sempre achei que tinha essa tendência ao TOC e, talvez, essa " mania de pontuar acontecimentos", seja uma das evidências( uma...porque tenho várias outras: coloco sempre o pé direito primeiro quando levanto, o rótulo das coisas tem que estar sempre virado para a frente...).
As pontuações mais usadas nesses meus trinta (e quase) um anos são as reticências e a interrogação. Costumo usar as reticências porque sempre deixo as coisas em aberto ou protelo resoluções ( é tudo uma questão de fé!rs). Enquanto não decido se coloco ponto de segmento ou ponto final, deixo "no ar" com as reticências. Apesar de dizerem que mesmo quando decidimos não agir, já estamos agindo, eu sempre prefiro pensar mais um pouco. E é aí que começo a colocar interrogações em tudo: "Porque? Pra que? Será? E se..?". Penso como seria caso fosse. Ou não fosse. Enfim, estou sempre querendo entender o motivo de certos fatos acontecerem, de certas atitudes, entender certas pessoas. Claro, isso nunca me dá respostas concretas porque existem infinitas variáveis pra tudo, então, nesse caso, quando canso de pensar e colocar interrogações, lanço sem pestanejar, as reticências...Porque elas é que deveriam estar nos finais de todos os questionamentos assim, filosóficos.
Bom, mas toda essa conversa é para dizer que acabo de decidir colocar o ponto final em mais uma questão da minha vida. Quem me conhece, sabe o quanto é raro a decisão do ponto final partir de mim, normalmente, a vida vem e impõe o , necessário, ponto final.
E é assim , ainda meio na dúvida, se fui eu ou a vida que colocou o ponto final, que afirmo que essa é uma decisão "irrevogável" por, no mínimo, 7 anos. Eu sei, eu sei...7 é conta de mentiroso...mas vai que eu repenso mais lá na frente e resolvo mudar a pontuação...
Afinal de contas, pra que inventaram o corretivo, se não para que não rasurássemos a vida???


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Ser ou não ser??






Conversando com uma pessoa muito, muito, muito querida, ouvi a seguinte opinião a meu respeito: " Isso é coisa de menina mimada!".

Parei. Mas não visivelmente. Na verdade, visivelmente, fiquei inquieta. Cruzava a perna prum lado, cruzava pro outro, descruzava e só deixava os pezinhos juntos, encostava na mesa, recostava na cadeira...Acho que fiquei assim aquela hora e meia em que ficamos conversando.

"Mimada"...

Eu continuava parada lá atrás, naqueles primeiros minutos do encontro. Outros assuntos vieram à tona, mas eu ainda discutia comigo mesma aquele "mimada". Tentava lembrar de situações na minha vida em que eu tivesse sido, realmente, mimada.

Eu, uma filha de Oxum, de um dos tipos mais guerreiros de Oxum, seria mesmo mimada??

Sondei de outras pessoas, naquele meu jeito de fazer com que respondam o que não perguntei abertamente e NENHUMA delas falou sobre a possibilidade de "mimo" na minha personalidade. falaram sim, que não combato os obstáculos, desvio deles. Isso é fato!! Acho desnecessário o enfrentamento quando a gente pode usar de estratégias inteligentes e uma boa dose de persuasão ( como diz Mariana: " Você é o Cebolinha da nossa turma!") para conseguir o que queremos.

Ter a "sinuosidade do leito de um rio", dentre as minhas características, não é defeito. Ser mimada, sim!

E se alguém ousar falar isso de mim novamente...eu bato o pé, grito, choro e esperneio!!!