domingo, 11 de abril de 2010

Turbilhão




Semana esquisita, cheia de coisas chatas e emoções à flor da pele.




Pressentindo tudo o que ainda estava por vir, minha menstruação chega na 2ª feira, com 5 dias de antecedência (coisa totalmente incomum no meu ciclo!). Mas enfim, cólicas, cansaço, dor de cabeça e um mau-humor misturado com tristeza. Essa sou eu "naqueles dias"...


*******************************************************************************

Ainda no início da semana, a chefe da minha chefe, ou seja, a dona, literalmente, do pedaço, aparece também de mau-humor e destila (pra ser sutil e educada) um pouco da sua amargura...sobre quem????Quem???? Sobre essa pobre criatura que vos escreve. Afinal de contas, naquela situação (dona -> supervisora -> gerente) a corda,obviamente, ia arrebentar do lado mais fraco = O MEU!!! Resolvi apelar para a minha religiosidade e pedir à Deus paz interior, compreensão e resiliência. Com isso, consegui dar 2 sorrisos singelos para a minha supervisora, pelo esforço para descontrair em uns 2 momentos críticos. Talvez por que tenha lembrado de tempos atrás, onde passamos por uma situação semelhante e quando conversamos sobre isso, deixei claro que não estava acostumada a ser tratada com gritos, pois na minha casa, a educação sempre foi baseada no diálogo e na conscientização. Logo, reações como a dela e a da "chefe da chefe", feriam sim, os meus sentimentos. Problema de quem me ache sensível! Talvez o mundo esteja precisando disso: SENSIBILIDADE NO CORAÇÃO DAS PESSOAS!!Isso levaria ao respeito ao próximo e mais um monte de coisas....mas esse é um discurso para outro momento.

*******************************************************************************


Depois desse dia, recebo a grande notícia: minha vó está com câncer. Novamente. Depois de 11 anos.

-PAUSA-

Precisava processar direito a notícia, digerir com calma o que estava acontecendo. Estavam falando da minha vó! Aquela que, infelizmente, torce para o Bahia, aquela que vive a dizer que me odeia, que coloca meu nome na novena de Santo Antônio, porque diz que nenhum homem vai me aguentar, aquela que nunca me manda beijo ao telefone, manda murro e diz que não tem saudade e sim, alívio por não estar comigo...sei que tudo isso é mentira dessa velha louca, pois a gente se ama, além de tudo, por causa dessas pirraças!!
Por que isso com ela de novo?? Já não bastam as dores nas pernas; ser quase que, completamente, surda, não ter mais os dentes, ainda é preciso massacrar com um câncer aos 97 anos????
Recorro, novamente, à minha religiosidade e pergunto:
- "Qual é cara...será mesmo preciso tudo isso??".
Não escuto com o ouvido, mas de alguma forma, entendo que Ele me responde:
- "Sim, é preciso.".
Retruco:
- "Mas, porquê??"
E dessa vez, não escuto mais nada.

No dia seguinte, no trabalho, eu estava desnorteada e chorosa. Pesada. Com medo.





















****************************************************************************



Pra completar, essas coisas todas aconteceram em apenas 4 dias e tiveram como pano de fundo uma ansiedade louca por um momento que vai acontecer e que eu espero há tempos. E esses acontecimentos me fizeram desejar ainda mais forte que tudo termine como nos meus sonhos...pois é só do que eu preciso para poder acreditar que ainda existe ,em algum lugar(e eu sei bem em que lugar), um pouquinho de felicidade reservada para mim.

O chefe do meu irmão chega essa semana aqui em Salvador...diz ele que quer conhecer a minha casa e a minha avó. Já combinamos de sair com ele. Na certa, iremos na Tapiocaria perto aqui de casa. Ele já avisou que gosta do lugar. Fiquei pensando: "Deve ter vivido bons momentos ali...".


Ele(o chefe), eu, Erika(irmã) e Rommel(irmão) em Recife



terça-feira, 9 de março de 2010

Feliz Dia da Mulher!!! (atrasado...)


Desabafo de uma mulher moderna


São 6h.
O despertador canta de galo
e eu não tenho forças
nem para atirá-lo contra a parede.
Estou tão cansada,
não queria ter que trabalhar hoje.
Queria ficar em casa,
cozinhando,
ouvindo música,
cantarolando, até.

Se tivesse cachorro,
passeando pelas redondezas.
Se tivesse aquário?
Olhando os peixinhos nadarem.
Espaço? Fazendo alongamento.
Leite condensado?
Fazendo brigadeiro...
Tudo menos sair da cama,
engatar uma primeira
e colocar o cérebro pra funcionar.

Gostaria de saber
quem foi a mentecapta,
a matriz das feministas
que teve a infeliz idéia
de reivindicar direitos à mulher
e por quê ela fez isso conosco
que nascemos depois dela.
(Beth Friedman - Foi essa a mocréia...)

Estava tudo tão bom
no tempo das nossas avós,
elas passavam o dia a bordar,
trocar receitas com as amigas,
ensinando-se mutuamente segredos
de molhos temperos,
de remédios caseiros,
lendo bons livros das bibliotecas,
dos maridos, decorando a casa,
podando árvores, plantando flores,
colhendo legumes das hortas,
educando as crianças,
freqüentando saraus,
a vida era um grande curso de artesanato,
medicina alternativa e culinária.

Aí vem uma “fulaninha” qualquer,
que não gostava de sutiã
nem tão pouco de espartilho,
e contamina as várias outras
rebeldes inconseqüentes
com idéias mirabolantes sobre
"vamos conquistar o nosso espaço".
Que espaço, minha filha???!!!!!
Você já tinha a casa inteira,
o bairro todo,
o mundo aos seus pés.

Detinha o domínio completo sobre os
homens, eles dependiam de você
para comer, vestir, e se exibir para os
amigos, que raio de direitos requerer?
Agora eles estão aí, todos confusos,
não sabem mais que papéis
desempenhar na sociedade, fugindo
de nós como o diabo foge da cruz.
Essa brincadeira de vocês acabou é
nos enchendo de deveres, isso sim.
E nos lançando no calabouço
da solteirice aguda.

Antigamente, os casamentos duravam
para sempre, tripla jornada era coisa
do Bernard do vôlei - e olhe lá,
porque naquela época não existia
Bernard do vôlei.
Por quê, me digam por quê, um sexo
que tinha tudo do bom e do melhor,
que só precisava ser frágil,
foi se meter a competir
com a macharada?
Olha o tamanho do bíceps deles,
e olha o tamanho do nosso.

Tava na cara que isso não ia dar certo!!!
Não agüento mais ser obrigada
ao ritual diário de fazer escova,
maquiar, passar hidratantes,
escolher que roupa vestir,
e que sapatos,
acessórios usar.
Que perfume combina com meu humor,
nem de ter que sair correndo.
Ficar engarrafada, correr risco de ser
assaltada, de morrer atropelada, passar
o dia reta na frente do computador,
resolvendo problemas.

Somos fiscalizadas
e cobradas por nós mesmas
a estar sempre em forma,
sem estrias,
depiladas,
sorridentes,
cheirosas,
unhas feitas,
sem falar no currículo impecável,
recheado de mestrados,
doutorados,
pós-doutorados
e especializações (ufffffffffffffffffff!!!!!!!)...

Viramos super mulheres,
continuamos a ganhar menos
do que eles,
lavar,
passar,
cozinhar
e cuidar dos filhos da mesma forma.
E ainda temos que dividir
as despesas da casa.

Não era muito melhor
ter ficado fazendo tricô
na cadeira de balanço?

Chega, eu quero alguém
que pague as minhas contas,
abra a porta para eu passar,
puxe a cadeira para eu sentar,
me mande flores
com cartões cheios de poesia,
faça serenatas na minha janela
(ai, meu Deus, já são 6:30h,
tenho que levantar!),
e tem mais,
que chegue do trabalho,
sente no meu sofá, e diga
"meu bem,
me traz uma dose de café, por favor!".

Descobri
que nasci para servir.

Vocês pensam que eu
tô ironizando?????

Tô falando sério!!!!!!!!

Estou abdicando
do meu posto
de mulher moderna....




* Não sei quem escreveu isso, mas se existir algum abaixo-assinado circulando por aí...coloquem o meu nome lá,por favor!!!!Eu também levanto essa bandeira!!!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

"Mentiras sinceras me interessam..."




A Aposta dos Santos

Naquele instante, alguns dos mais prestigiados e requisitados santos com endereço naquela belíssima baía, pararam os seus afazeres para acompanhar atentamente aquela conversa. Afinal, o casal sentado à mesa, pretendendo contar com as bênçãos protetoras de todos eles, escolheu aquele sugestivo altar na cabeceira da Baía de Todos os Santos para esgotar as últimas palavras como simples amigos e iniciar o que prometia ser um lindo romance.

Os santos, eufóricos com a oportunidade de futricar e influir, fizeram entre si (pasmem!) uma bolsa de apostas para premiar quem acertasse o que ele faria diante daquela pontiaguda pergunta que ela acabara de disparar-lhe: Diria a verdade, pondo tudo a perder? Mentiria em nome daquela arrebatadora paixão, ou diria uma meia-verdade, ou quase uma mentira, como normalmente se faz em situações semelhantes?

A maioria deles apostou na última hipótese. Perderam feio. Ele preferiu a verdade. A verdade que afasta, que segrega, que impede. A verdade que moraliza, mas que distancia e isola. A verdade malsoante, ímpia, falsamente importante.

Até ela se surpreendeu. Não era aquela verdade que ela gostaria de ouvir. Aquela verdade, ali, naquele momento, não cumpriria nem minimamente qualquer das suas nobres funções. Quais sejam: Fazer justiça, promover o bem-estar e tornar-se exemplo. Fazer justiça? Que justiça foi feita separando-os? Bem-estar de quem? De quem irá sofrer por tê-la usado? Tornar-se exemplo... Quem quer exemplos que nos afastam do que mais desejamos? Não, definitivamente, ele errou!

Quem sabe ele não devesse ter agido como agem sempre naqueles fins de tarde inícios de noite, o sol e a lua? Diante do crepúsculo que se debruça sobre aquela imensa baía, quando, capciosamente, os santos lhes perguntam se já é hora de sair, a lua, louca pra se exibir, diz que sim, que já está pronta. Já o sol, sempre arrogante e afogueado, diz que não, que ainda é dia. Ambos dão mais de um sentido e várias utilidades à verdade. No entanto, a noite, eterna confidente de verdades e mentiras, não se atrasa nem um segundinho sequer por causa disso.

Augusto Serra



*
E eu, que já estive dos dois lados de situações como essa...

domingo, 27 de setembro de 2009

Férias (1ª parte)




Entrei de férias e tive menos tempo ainda pra vir dizer as coisas aqui.(praia ocupa bastante o tempo da gente!!). E olhe que sempre tenho tantas coisas pra dizer...talvez por isso, ás vezes eu prefira o silêncio. Não posto, não falo, não brigo, não reajo. Pra falar a verdade verdadeira, choro sozinha de vez em quando. Mas é só porque eu sou muito chorona mesmo...





15 de setembro de 2009

"Parece que Recife está chorando comigo.
De saudade e abandono.
Parece que Recife sente a agonia de minha alma sufocando tantos planos e anseios.
Você está sentindo a tristeza no ar de Recife?"

Jorge Azevedo


Recife, definitivamente, não é um lugar que me faça feliz. Talvez teenha sido porque a nossa relação já começou errada: a 1ª vez, saí de Salvador fugindo de problemas, mas acho que, na verdade, os trouxe pra cá. Ou, pelo menos, o ranço daquela fase ruim, eu deixei aqui.

Sim, claro, vivi momentos bacanas, conheci pessoas legais que eu espero levar pra minha vida toda e outras que preferiram ficar pelo caminho...

E hoje, fazendo um balanço da minha relação com essa cidade, vejo que perdi (mesmo quando achei que tinha ganho!). Digo isso porque já fui e voltei várias vezes e não consigo ficar bem nesse lugar. Sempre volto pra casa mais cabisbaixa, mais pensativa (se isso é possível) e desejando colo...colo de mãe. Desejo o cheiro da minha cama, o meu colchão-cúmplice, o travesseiro que aconchega essa minha cabeça tão pensante.

Por ironia, foi Recife que me deu um novo ar quando precisei. Sonhei viver coisas lindas aqui e foi isso que m fez voltar tantas vezes para fazer com que essa relação desse certo, mas não deu. Cada vez, deixo em mais cantos da cidade essa sensação ruim que me toma agora. E eu não quero que isso avance por Calhetas e Porto de Galinhas que são lugares belíssimos! Seria até pecado se eu permitisse uma barbaridade dessa!

A coisa é tão acintosa que, dessa vez, todos os dias estiveram nublados ou chuvosos. Claro, o calor esteve presente para lembrar-me que eu poderia estar na praia não fossem aquelas nuvens...pois, no 1° dia, eu fui mesmo!!! Sou ousada!!! Aí, nos dias seguintes...choveu!!!

- Pois é, Recife, você abriga meu irmão, minha cunhada e excelentes amigos que fiz, mas não sei se vai dar pra voltar...não digo NUNCA porque deixo todos esses meus tesouros aqui. Então, quem sabe numa outra situação, num outro momento da minha vida, eu apareça novamente. Por enquanto, você me vence mais uma vez e eu te parabenizo por isso.




terça-feira, 15 de setembro de 2009

"Todo mundo é parecido quando sente dor" - Carta para o sobrinho

Rafa,



Desde que soube do fim do seu namoro com Bia, senti uma necessidade real de te abraçar. Pra mim, através do abraço a gente passa os nossos sentimentos. Bons ou ruins. E era exatamente o que eu queria que acontecesse: queria que um pouco da sua dor passasse pra mim e, esse lugar vago , fosse preenchido pelos bons sentimentos do meu para o seu coração. Quem sabe assim, as cores voltassem aos seus dias...nem que, pra começar, essas cores fossem ainda em tons pastéis, bem clarinhos...
O fato é que te encontrei e não fiz nada disso, fui até meio distante naquele dia, eu acho...travei, na verdade!
Esse negócio de sofrer por amor mexe muito comigo. Sempre fui muito intensa nos meus relacionamentos com amigos e namorados e, infelizmente, chega o dia em que tudo muda! É fato que, muitas vezes, as coisas vem mudando e a gente não vê...ou não quer ver! Aí quando o pior acontece, a gente toma um "susto"! Mesmo que a gente já estivesse, inconscientenmente, esperando pelo inevitável, dói. E a dor é real, física mesmo!! Alguém está espremendo o nosso coração!! Sim, porque ainda tem isso, a gente acha que o sentimento está no coração, quando na verdade ele está na nossa cabeça, bem pertinho de onde fica também, a razão. Que, por falar nela, foi parar no pé. No dedo mindinho do pé. Do pé esquerdo, pra piorar!! É porque nesses momentos da vida, a emoção toma não só a cabeça e o coração, mas o corpo quase todo e só deixa o pé "raciocinando" qual o caminho mais rápido pra nos levar ao fundo do poço! Só que o pé, coitado, fica todo indeciso, confuso, inexperiente nessa função de pensar, são tantas coisas passando pela cabeça do dedo mindinho que ele fica até dormente!! É por isso que nos sentimos "desequilibrados". (O mindinho, fisicamente falando, é o responsável por isso: por nos manter de pé!).
Pois então, esse meio tempo é quando sentimos que estamos andando em círculos, que os dias passam e nada muda. Aí começamos a achar que não vamos mais gostar de ninguém como gostamos dessa pessoa e não enxergamos a luz no fim do túnel (claro,os olhos também estão tomados pela emoção e como diz Fernando Pessoa: "O que vemos é o que somos!". E, nesse momento, somos a dor, a tristeza, a escuridão.).
A pior hora do dia é a de acordar e ver que aquilo que estamos vivendo não era apenas um pesadelo e que a gente tem que reunir forças, não se sabe de onde, pra viver aquele dia inteirinho. Cada dia é uma batalha!! Interna e externa. Á noite, às vezes queremos ir deitar só com muito sono, daquele tipo que a gente cai na cama e apaga! Outras vezes não...a gente se aninha lá, de porta fechada e relembra momentos, frases ditas, juras eternas, relembra a sensação de eternidade daquela relação.
Isso tudo vai levando dias, muitas vezes meses e meses. E o pé lá...andando em círculos, chega perto do fundo do poço, mas por estar desacostumado a pensar, dá meia volta, acha que o caminho não é por ali, sei lá...
Só sei que é essa a nossa sorte! Andando, ativamos a circulação e começamos a, aos poucos, bombear razão pelo nosso corpo. É quando vamos retomando o fôlego, o apetite (pela comida e pela vida), a disposição ao acordar, o sorriso, as cores (aquelas que láááá atrás eram em tons pastéis, tornam-se mais vibrantes), enfim, retomamos a razão.
No fim, o amor sempre prevalece, sempre ganha essa guerra. O amor-próprio.
Sei que não é fácil, que muitas vezes a gente pensa que não vai conseguir e quer, até mesmo, desistir. Mas, acredite: a gente consegue. Não sem marcas, cicatrizes, tatuagens...porém, o que teríamos pra contar sem elas??? Não tenha medo de amar de novo!!
Bom, o abraço que não dei naquele dia, continua aqui, guardado junto com um monte de beijos!!!


Sua tia,

Ana






*escrita em 1º de setembro.

domingo, 16 de agosto de 2009

Levando na flauta...


E hoje, meu dia de folga, levei assim...na flauta!!




Pontuando a vida

"As reticências são os 3 primeiros passos do pensamento que continua por conta própria, o seu caminho..."
Mário Quintana


Sempre que penso nas coisas que estou vivendo, atribuo algum tipo de pontuação para cada momento. Então, situações que quero que continuem, mentalmente, pontuo com o ponto de segmento, outras que eu quero que continuem, porém, de um jeito novo, nova fase, coloco o ponto parágrafo. E assim eu vou...faço isso tão naturalmente dentro da minha cabeça que só percebi o quanto é engraçado, quando confessei a um amigo numa conversa pelo MSN. Ele ria muito!
É bem verdade que, sempre achei que tinha essa tendência ao TOC e, talvez, essa " mania de pontuar acontecimentos", seja uma das evidências( uma...porque tenho várias outras: coloco sempre o pé direito primeiro quando levanto, o rótulo das coisas tem que estar sempre virado para a frente...).
As pontuações mais usadas nesses meus trinta (e quase) um anos são as reticências e a interrogação. Costumo usar as reticências porque sempre deixo as coisas em aberto ou protelo resoluções ( é tudo uma questão de fé!rs). Enquanto não decido se coloco ponto de segmento ou ponto final, deixo "no ar" com as reticências. Apesar de dizerem que mesmo quando decidimos não agir, já estamos agindo, eu sempre prefiro pensar mais um pouco. E é aí que começo a colocar interrogações em tudo: "Porque? Pra que? Será? E se..?". Penso como seria caso fosse. Ou não fosse. Enfim, estou sempre querendo entender o motivo de certos fatos acontecerem, de certas atitudes, entender certas pessoas. Claro, isso nunca me dá respostas concretas porque existem infinitas variáveis pra tudo, então, nesse caso, quando canso de pensar e colocar interrogações, lanço sem pestanejar, as reticências...Porque elas é que deveriam estar nos finais de todos os questionamentos assim, filosóficos.
Bom, mas toda essa conversa é para dizer que acabo de decidir colocar o ponto final em mais uma questão da minha vida. Quem me conhece, sabe o quanto é raro a decisão do ponto final partir de mim, normalmente, a vida vem e impõe o , necessário, ponto final.
E é assim , ainda meio na dúvida, se fui eu ou a vida que colocou o ponto final, que afirmo que essa é uma decisão "irrevogável" por, no mínimo, 7 anos. Eu sei, eu sei...7 é conta de mentiroso...mas vai que eu repenso mais lá na frente e resolvo mudar a pontuação...
Afinal de contas, pra que inventaram o corretivo, se não para que não rasurássemos a vida???


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Ser ou não ser??






Conversando com uma pessoa muito, muito, muito querida, ouvi a seguinte opinião a meu respeito: " Isso é coisa de menina mimada!".

Parei. Mas não visivelmente. Na verdade, visivelmente, fiquei inquieta. Cruzava a perna prum lado, cruzava pro outro, descruzava e só deixava os pezinhos juntos, encostava na mesa, recostava na cadeira...Acho que fiquei assim aquela hora e meia em que ficamos conversando.

"Mimada"...

Eu continuava parada lá atrás, naqueles primeiros minutos do encontro. Outros assuntos vieram à tona, mas eu ainda discutia comigo mesma aquele "mimada". Tentava lembrar de situações na minha vida em que eu tivesse sido, realmente, mimada.

Eu, uma filha de Oxum, de um dos tipos mais guerreiros de Oxum, seria mesmo mimada??

Sondei de outras pessoas, naquele meu jeito de fazer com que respondam o que não perguntei abertamente e NENHUMA delas falou sobre a possibilidade de "mimo" na minha personalidade. falaram sim, que não combato os obstáculos, desvio deles. Isso é fato!! Acho desnecessário o enfrentamento quando a gente pode usar de estratégias inteligentes e uma boa dose de persuasão ( como diz Mariana: " Você é o Cebolinha da nossa turma!") para conseguir o que queremos.

Ter a "sinuosidade do leito de um rio", dentre as minhas características, não é defeito. Ser mimada, sim!

E se alguém ousar falar isso de mim novamente...eu bato o pé, grito, choro e esperneio!!!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

E é isso…

peanuts220b

peanuts220b

Hoje aprendi a sepultar vivos!rs!

Não sei se, por isso, o dia foi melhor…ou se foi o conforto da companhia agradável no café da livraria.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

"...mas a vida é real e de viés..."






Até Parece
(Carlinhos Brown)

Até parece
Que não lembra
Que não sabe
O que passou
Não faz assim!...

Não faz de conta
Que não pensa
Em outra chance
Pra nós dois
Olha pra mim...

Não me torture
Não simule
Não me cure
De você...

Deixa o amanhã dizer!
Deixa o amanhã dizer!...



1º de junho


É horrível quando pensam algo de você e não te deixam explicar...a pessoa pode até não mudar de opinião, mas pelo menos, você tentou, expôs a sua intenção, disse o que queria dizer. Pior é assim, desse jeito que está: o outro deixando a imaginação correr solta, vendo o que nem aconteceu, tendo certeza de sentimentos que nunca existiram, pegando o resultado de todas essas elocubrações malucas e te conceituando novamente. Fernando Pessoa já disse que "o que vemos, não é o que vemos, senão o que somos". Pra bom entendedor, meia citação basta!

Importa a verdade dos fatos?? Não! Afinal de contas, a verdade já foi estabelecida e ponto final. Será interessante o dia em que as pessoas pararem de apontar os erros dos outros e repensarem sobre o que fizeram também...vão ver que, muitas vezes, as brechas para certas coisas acontecerem, foram dadas por elas! Isso justifica o erro do outro?? Não! Mas, divide a culpa. E aí, você passa a ver que ninguém nunca é o culpado sozinho numa relação. A razão vai estar sempre num pedaço da história de um e num pedaço da história do outro. Assim como a culpa. O X da questão vai estar em, assumirmos primeiramente, a nossa parte. Depois daí teremos outros olhos para o erro do outro e será mais fácil resolver essa equação.

Mas, claro, isso só é válido para relações em que o sentimento e a vontade de ficar junto no final, sejam verdadeiros. De outra forma, nem perca seu tempo...continue a fazer o que já vem fazendo: não atenda o celular, não responda os emails.


------------------------------------------------------------------------------------------------

3 de junho




Eu, chorosa.
Ele:
- Posso ver corações saindo dos seus olhos.
Eu:
- São pedaços de um coração. O meu.

-------------------------------------------------------------------------------------------------

10 de junho


Só Vinícius escreve o que eu queria dizer...
Só Bethânia diz como eu queria dizer...


Você e eu/O mais-que-perfeito/Como dizia o poeta



O mais-que-perfeito
(Vinícius de Moraes)

Ah quem me dera ir-me
Contigo agora
Para um horizonte firme
(comum,embora...)
Ah,quem me dera ir-me!

Ah,quem me dera amar-te
Sem mais ciúmes
De alguém em algum lugar
Que não presumes...
Ah,quem me dera amar-te!

Ah,quem me dera ver-te
Sempre a meu lado
Sem precisar dizer-te
Jamais: cuidado...
Ah,quem me dera ver-te!

Ah,quem me dera ver-te
Como um lugar
Plantado num chão verde
Para eu morar-te
Morar -te até morrer-te...

-------------------------------------------------------------------------------------------------

12 de junho



Existem 2 motivos para que eu tenha colocado essa música/vídeo no dia de hoje:

1º) Vai ser a música do meu casamento.

2º) Bom, o 2º motivo é, para a maioria, uma charada. Para poucos, uma mensagem subliminar.rs!





O que será (À Flor da Pele)
(Chico Buarque)

O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita

O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite

O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo


--------------------------------------------------------------------------------------------------

13 de junho




Dia de Santo Antônio. O Santo casamenteiro.

Por causa dessa fama, sempre achei que o Dia dos namorados deveria ser 14 de junho. Assim, os solteiros poderiam fazer o pedido ao Santo que, no dia seguinte, já teriam com quem comemorar a data.

Tenho uma amiga com outra teoria. Segundo ela, você faz o pedido no dia 13 do ano corrente para estar com um namorado no dia 12 do ano que virá e, assim, no dia 13 desse ano que virá, agradecer a realização da graça para o Santo.

Eu discordo!! Santo que é Santo opera o milagre da noite para o dia, de uma hora para outra! Esse negócio de fazer o pedido hoje e esperar 1 ano para que realize...dê cá meu boné!!

Desse jeito, é melhor pedir um namorado pela revista da Natura ou Avon...pelo menos, só demora 15 dias!!!


-------------------------------------------------------------------------------------------------

16-17 de junho


2 da manhã e eu continuo acordada...Tem sido assim novamente. Aliás, muitas coisas tem se repetido ultimamente...coisas que jurei não me permitir viver de novo...e NÃO vou viver!!!!!!