quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

O poema do ano


"A benção,Vinícius de Moraes."


Dia desses, numa das minhas longas conversas com Vinícius, estávamos brincando de encaixar poemas dele para cada momento da minha vida e esse logo abaixo, coube para todo o ano de 2007:


Soneto a quatro-mãos

Tudo de amor que existe em mim foi dado
Tudo que fala em mim de amor foi dito
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.

Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.

Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.

Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano.


Mas, valeu a pena...sempre vale! A melhor parte é rir do que já passou...

Terminamos a noite, os dois, cantando aos gritos: " ... eu saio da fossa xingando em Nagô... A tonga da mironga do kabuletêêêêêêê..." . : )

2 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Mariana disse...

A toooooooooooooonga da mironnnnnnnnnnnnnnga do kabuletê.
É isso aí, amiga!
Eu entro no coro com você!!!
Já estamos na fase de rir dos desamores! Rs!
É a melhor parte!